terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Vamos Ganhar a Paz



Vamos Ganhar a Paz!

Nasceu há dez anos a revista PAZ E AMIZADE, Boletim da Associação Portugal – URSS. Os seus propósitos fundamentais, tal como foram declarados no seu primeiro Editorial (Nº 1, 1976) consistem em servir de

«elo indispensável tanto de coordenação como de informação e, ao mesmo tempo, como agente promotor, entre os nossos dois países, dum progressivo conhecimento recíproco que, além de tentar limpar ou desfazer as teias da desinformação, permitirá estreitar laços de militante amizade e assim contribuir, embora em diminuta escala, para fazer mais saudável a atmosfera de distensão, aproximação e entendimento entre os povos do mundo.»

Como se vê, o Boletim da associação propôs-se, logo desde o início, não só estreitar os laços de amizade entre o Povo português e o Povo Soviético, mas também promover a aproximação e o entendimento entre todos os Povos. O Boletim da Associação sempre procurou estar – e, de facto está – ao serviço da Paz e da Amizade entre os Povos.

O ano de 1986 foi proclamado como Ano Internacional da Paz. É, por isso, muito natural que a nossa revista “Paz e Amizade” inclua, nas comemorações do seu 10º aniversário, a realização de acções especiais de esclarecimento a favor do desarmamento e, em particular, a favor do desarmamento nuclear.

Por tudo que tem feito e por tudo que fará em prol da Paz e da Amizade entre os Povos, a nossa revista “Paz e Amizade” merece o respeito e a cooperação de todos os democratas e defensores activos da Paz.

Os democratas e defensores activos da Paz têm todos os motivos para confiar no êxito dos seus esforços a favor da paz. Pela acção unida dos democratas e defensores activos da Paz, é possível obter grandes vitórias no caminho que conduz ao desarmamento geral e controlado, é possível libertar, para elevação do nível de vida dos povos, verbas destinadas a fabricar e a comprar instrumentos de destruição e morte. É possível, pela acção unida dos democratas e defensores da Paz, conseguir a desnuclearização do nosso País. Tudo depende da campanha de esclarecimento popular que os democratas e defensores activos da Paz forem capazes de realizar!

Nenhuma acção de esclarecimento popular resulta perdida.

Ainda recentemente, no 16 de Fevereiro, graças à actividade de esclarecimento levada a cabo pelos comunistas, por muitos socialistas e outros democratas, foi possível infligir, às forças reaccionárias do nosso País, uma das maiores derrotas após o 25 de Abril!

Organizando-se a coberto de uma candidatura à Presidência da República, a reacção, com o seu arsenal de provocações e ameaças bem apetrechado e os seus desordeiros bem treinados, chegou-se a convencer de que estava na hora de alcançar a Presidência da República e vingar-se do 25 de Abril!

Mas, em consequência da persistente acção de esclarecimento realizada pelos democratas e defensores da Paz, aconteceu mais uma vez aquilo que o poeta soviético do Uzbequistão, Kassymkhodjaev Chadman Sultanovich, assinalou, inspirado no 25 de Abril, em saudação enviada ao primeiro Embaixador da República Portuguesa na URSS, Dr. Mário Neves (“Paz e Amizade”, n.º 3, 1976):

«Vede como as pessoas num ápice se uniram

E, ao som da “Grândola”, ruiu a tirania.»

Em face do perigo iminente do regresso ao passado, representado pela candidatura apoiada pelas forças reaccionárias, consciente de que o fascismo é a intensificação da exploração do homem pelo homem, o fascismo é o terrorismo no poder, o fascismo é a guerra,

«…as pessoas num ápice se uniram»

E a candidatura das forças reaccionárias foi derrotada!

Nenhuma acção de esclarecimento popular foi perdida!

O 16 de Fevereiro foi uma grande vitória da Democracia e da Paz.

A festa do reencontro democrático, a festa da convergência de democratas de defensores activos da Paz, a festa da alegria popular que na noite de 16 de Fevereiro tomou conta das ruas das grandes cidades, ficou a assinalar a grande vitória conseguida. Ao som ritmado de “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!”, “O Povo Unido jamais será vencido!” manifestações populares surgiam espontaneamente de todo o lado, comemorando a vitória e avisando que, em Portugal, no País de Abril, “a reacção não passará!”.

É preciso que as pessoas que “num ápice se uniram”, não se separem; é preciso que oespírito de convivência do 16 de Fevereiro perdure e se fortaleça; é preciso que o reencontro democrático que então se manifestou tenha as suas consequências naturais no diálogo e no entendimento entre as forças democráticas; é preciso que o Ano Internacional da Paz, em Portugal, seja um ano de grandes acções populares em defesa da Paz.

GUERRA NUNCA MAIS!

VAMOS GANHAR A PAZ!

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